Sem avisos

17:38



Um lindo dia chuvoso começava. Alguns arrependimentos pairavam sobre a minha mente, nada muito importante. A chuva parou. O dia estava apenas começando. Reuni todas as minhas forças para levantar daquela cama quentinha e sair, afinal não havia mais o que fazer.
Depois de todas as orações de desespero tudo deu certo, o ano acabaria sem choros. Porém eu ainda não fazia ideia do que iria acontecer. Eu poderia ir embora, só que senti algo me segurar. Não uma pessoa, algo inconsciente. Sempre acontecia isso, era uma aviso. Eu não tinha entendido. A preguiça é sempre o jeito mais fácil de evitar encarar as escolhas.
Eu precisava acompanhar aquelas pessoas. Então voltamos ao local tradicional. Mais um pouco de espera não faria mal. Nada mais aconteceria aquele dia, pensei. Logo, restou apenas aqueles em quem eu confiaria totalmente. Foram eles que ajudaram a mudar o rumo da história.
Fui embora tranquilamente sem entender bem a mensagem de despedida. Assim que recebi uma mensagem repentina, sem motivo aparente, entendi. Apressada, fui em busca de uma resposta. Tudo muito bem planejado.
Todo o mistério para que encontrasse aquela carta. Abri lentamente o papel dobrada que, tão bem escondido, foi quase esquecido no meio da bagunça cotidiana. Meu corpo tremia ao ler cada palavra inesperada que preenchia aquela simples folha. Ela tinha um cheiro típico, como as folhas que eu guardava da infância. Sorrisos bobos apareceram, mas logo sumiram. Eu não sabia o que fazer. Tudo fazia sentido, só não era o que eu imaginava. As lágrimas ameaçaram cair com a necessidade de uma decisão. Eu tinha um dia para assimilar tudo e ainda agir como se o mundo continuasse exatamente igual. Era preciso um ponto final, mesmo que eu não quisesse um fim.

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