Seu destino

17:00


Uma vez li em um livro para pré-adolescentes como eram chatas as comparações que os pais, geralmente, faziam. Agora, alguns anos e aprendizados depois, parei para pensar nas nossas próprias comparações e cobranças. Eu costumava olhar para meninas mais velhas e me imaginava como elas. E... bem, não sou. Não cresci tanto quanto queria. Meu cabelo não mudou. Ainda uso óculos e tenho certas inseguranças. Não sou igual, nem parecida. Sou apenas eu.

Com o tempo passei a comparar também a minha vida. "Sua prima entrou para faculdade de medicina. E você o que quer fazer?" Essa pergunta sempre me amedrontou, mas eu tinha tempo. Eu poderia esperar o ensino médio e lá tudo se resolveria. E, novamente, não foi assim. Na minha pequena imaginação tudo estaria resolvido aos 18. Eu saberia exatamente o que fazer e onde ir. Afinal todo mundo sabia. A verdade é que todos temos alguma dúvida sobre o futuro. E a vida está só começando para mim. E daí que fulano encontrou a profissão dos sonhos. E se eu ainda não souber exatamente o que estou fazendo aos 30? Tudo bem. Finalmente entendi que  a gente muda e as escolhas também.

Não tem problema se TUDO não estiver exatamente como eu esperava cinco anos atrás. Sonhar é muito bom e necessário. Porém as expectativas às vezes levam à frustração. Não me importarei tanto se eu ainda não estiver casada quando minhas amigas começarem a ter filhos. O futuro delas e de ninguém será igual ao meu. As diferenças são legais. Por que a vida tem que ser igual? Apenas você poder decidir o seu caminho. A casa do vizinho pode parecer mais legal, é que você nem sempre vê a bagunça. 

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